Na perspetiva do FMI – Fundo Monetário Internacional (em inglês, International Monetary Fund), as moedas digitais do banco central têm potencial para substituir o dinheiro. No entanto, a adoção em massa pode levar tempo.
As CBDCs (Central Bank Digital Currency), em português, moedas digitais do banco central, são a forma digital da moeda fiduciária de um país, regulada pelo banco central desse país e sustentada pela tecnologia blockchain.
Na opinião de Kristalina Georgieva, managing director do FMI, as moedas digitais do banco central “podem oferecer resiliência em economias mais avançadas” e podem melhorar “a inclusão financeira onde poucos possuem contas bancárias”.
As CBDCs podem substituir o dinheiro, cuja distribuição é cara nas economias insulares.
Ofereceriam uma alternativa segura e de baixo custo [ao dinheiro]. Elas também ofereceriam uma ponte entre o dinheiro privado e um parâmetro para medir o seu valor, tal como o dinheiro hoje, que podemos retirar dos nossos bancos.
De acordo com a organização internacional, mais de 100 países estão, atualmente, a explorar esta forma de transação digital.
Num relatório publicado em setembro, o FMI partilhou que “o nível de interesse global nas CBDCs não tem precedentes”. Afinal, conforme temos acompanhado, um largo leque de bancos centrais lançou projetos-piloto e alguns até já emitiram a sua moeda digital.
Mais, numa pesquisa de 2022 conduzida pelo Bank for International Settlements, dos 86 bancos centrais inquiridos, 93% disseram estar a explorar CBDCs. Por sua vez, 58% disseram que, provavelmente, emitiriam ou poderiam possivelmente emitir uma CBDC a curto ou médio prazo.
Segundo a CNBC, o FMI lançou, agora, um guia dedicado às CBDCs, com o intuito de servir como referência para decisores em todo o mundo. Afinal, há muitos países a investigá-las e a desenvolver regulamentações para orientar o dinheiro digital.
O setor público deve continuar a preparar-se para implantar CBDCs e plataformas de pagamento relacionadas no futuro […] estas plataformas devem ser concebidas desde o início para facilitar os pagamentos transfronteiriços, incluindo com CBDCs.
Disse a managing director do FMI.
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